Foco na Mídia

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terça-feira, 28 de outubro de 2014

A estratégia petista na Democratização da Mídia





A Democratização da Mídia será uma das grandes batalhas de Dilma nesse novo mandato.

Apesar das atenções estarem atualmente centradas na Reforma Política – que foi relembrada pela candidata reeleita no discurso da vitória -, a reforma no setor de mídia também é necessária e urgente para um melhor funcionamento da Democracia brasileira.

O PT sabe disso e já se mobiliza para cumprir o objetivo de atualizar a legislação e democratizar o setor da imprensa, limitando as práticas oligopolistas e proibindo que políticos sejam donos de meios de comunicação sociais.

Ontem (27/10), Rui Falcão declarou que a medida é prioridade do Governo junto com a Reforma Política. Sendo assim, o PT promete fazer um mandato que mudará o Brasil através da Democracia. O presidente nacional do PT também afirmou que o projeto do ex-ministro das Comunicações de Lula, Franklin Martins, é um bom ponto de partida para a discussão do projeto.

Por outro lado, a Grande Mídia já tem uma posição sobre as duas medidas.

Na primeira, a Reforma Política, os grandes conglomerados têm uma opinião similar à dos tucanos – dizem que é mais positivo começar pelos pontos de consenso entre partidos para depois discutir os contrastes de opinião.

Entretanto, quando o assunto é Democratização da Mídia, a Grande Imprensa é taxativa e se mantém no velho discurso oligopolista que fala em censura e controle social “bolivariano” do quarto poder.

Ou seja, a oposição ao projeto será dura, intolerante e inflexível, como era de se esperar.

A estratégia petista vai começar pela cooptação de mais apoio na área jornalística através de uma maior divisão da publicidade governamental. Ou seja, distribuindo mais publicidade oficial para mais meios de comunicação, o PT terá mais apoio na mídia, o que serve para balancear e contradizer as poderosas opiniões e informações da Grande Imprensa sobre o assunto.

Se os conglomerados apostam em sua influência como formador de opinião para acabar com as intenções de regularizar a mídia – como conseguiu até agora, aliás -, o PT pretende fazer o mesmo, mas buscando espaço para que outras vozes difundam conteúdos jornalísticos que comprovem a necessidade e os benefícios da medida.

Dessa forma, enquanto a Globo reclama de “censura”, os meios de comunicação progressistas vão deixar claro que a verdadeira censura é ter um oligopólio no setor da imprensa que não permite a representatividade de outras culturas, ideologias e pontos de vista.

Enquanto a Veja vai dizer que o Brasil está fazendo um projeto "bolivariano", a imprensa progressista vai deixar claro que França, Estados Unidos e Inglaterra proíbem a existência de oligopólio na imprensa por entender que esse modelo limita a concorrência, a inovação e a própria Democracia.

Assim sendo, o PT vai incentivar meios de comunicação cuja ideologia e pontos de vista entram em equilíbrio com os limitados argumentos da Grande Imprensa. 

Como necessita um amplo amparo popular, deve oferecer as informações necessárias para que os cidadãos entendam e difundam os pontos positivos da democratização da mídia.

Enfim, sem a massiva difusão do contraponto à Grande Imprensa, não é possível promover uma regularização que acabe com o oligopólio econômico do setor.

Se depender do Legislativo, a medida nunca acontecerá, pois muitos congressistas e senadores são donos de meios de comunicação. 

Como não costumam jogar contra si mesmos, vão se opor radicalmente a qualquer tentativa de regularização da mídia, assim como a Grande Imprensa.

Portanto, a proposta só sairá do papel através da mobilização popular.

Já existem movimentos sociais que promovem o debate sobre a Democratização da Mídia.

A plataforma “Para Expressar Liberdade” ou o Centro de Estudos "Barão de Itararé" estão nessa luta há anos, mas ainda não ganharam a batalha contra os interesses mercantis dos atores políticos nacionais.

Necessitam o apoio massivo da sociedade para levar a proposta adiante.

A polarização política que resultou das eleições do domingo (26/10) será um problema para convencer aecistas da necessidade de democratizar a mídia.

Esse debate, entretanto, é necessário. Assim sendo, é aconselhável debater com argumentos sólidos, serenidade e respeito, sempre buscando esclarecer ao invés de impor um ponto de vista.

O PT já evitou o tema no primeiro mandato de Dilma e quase pagou um preço caro nessas eleições.


Portanto, a hora é agora de apoiar e democratizar a mídia brasileira.

Um comentário:

  1. A esquerdalha ta doidinha pra praticar os abusos e absurdos que ja vimos nas ditaduras da America Latrina.
    Aqui, felizmente, esse é um sonho que voces vão sepultar mais rapido do que vamos ver o pedido de impeachment da TERRORISTA entrar no Congresso!

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