![]() |
Logo da Petrobras na sede do Rio de Janeiro |
Se a Grande Mídia considerou o Mensalão o maior escândalo de corrupção da
história do país, o caso da Petrobrás não vai demorar para ser visto como o maior do
universo.
Claro que a dose de
subjetividade nessas conclusões é altíssima - principalmente considerando que os dados de corrupção são parciais por natureza - , mas com uma imprensa que mistura
informação com opinião diariamente, o que se configura numa típica técnica de manipulação, é quase normal acreditar em juízos de valor desse tipo.
Independente dessa questão,
o escândalo da Petrobrás já atinge um escalão altíssimo quando o assunto é
corrupção nacional.
Ontem a mídia noticiou a existência de indícios, encontrados pelo Tribunal de Contas da União, de sobrepreços em
obras e investimentos da estatal – alguns sem licitação - que somados chegam a
3 bilhões de reais.
Um valor que impressiona a
primeira vista e que vai causar grandes estragos políticos para o PT caso confirmado.
O Presidente do Tribunal, Augusto
Nardes, já falou que esse é “o maior escândalo de corrupção da história do TCU”,
declaração que protagoniza manchetes nessa quarta-feira (12/11).
A tendência é que o
escândalo ganhe maiores proporções nas investigações e na própria mídia, que
sabe muito bem como aproveitar o momento político de exaltação ideológica e
conservadorismo latente para conseguir novos adeptos às sua ideologia.
Enquanto as instituições
democráticas descobrem novos fatos, a mídia procura - e encontra - outros enfoques,
declarações e ponatos de vista que servem par manter o assunto em pauta e
ocultar casos de corrupção da oposição – como a prescrição da pena de Marco
Tebaldi, deputado Federal do PSDB de Santa Catarina condenado ontem (11/10)
pelo Supremo Tribunal Federal.
Mais uma vez, independente
dessa conduta, a Petrobrás hoje vive uma situação preocupante e, politicamente,
é uma mina de ouro para os conservadores.
Uma matéria da Folha, por
exemplo, trata sobre o conhecimento que o Governo tinha das irregularidades de
obras e investimentos. O presidente do TCU declarou que “informou o Governo”,
mas não foi escutado.
Esse suposto conhecimento é
receita para indignação da audiência e da sociedade, consequência que pode gerar
efeitos radicais na população.
Boa parte da militância petista
irá ignorar as notícias da Grande Imprensa por desconfiar profundamente de sua
legitimidade e imparcialidade.
Mas se aparecerem indícios
concretos que relacionem políticos de alta cúpula com irregularidades na Petrobrás,
os pedidos de Impeachment, que hoje são absurdos, ganham argumentos sólidos e apoio
massivo.
E se isso acontecer no
cenário polarizado que divide o país entre petistas e anti, tal como separa corinthianos
de opositores ferrenhos, o PT terá problemas para aguentar as críticas e
inclusive para se legitimar no poder.
Enfim, o cenário político
hoje aponta muitos problemas para o futuro.
Caberá ao PT e à sua
militância tratar esses assuntos com inteligência suficiente para não sofrer um
Impeachment que enterraria o partido politicamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário